Painéis sobre as interfaces da mobilidade urbana na Região Metropolitana de Salvador, os projetos pensados para a capital e os efeitos Pós-Copa, marcaram o segundo momento dos debates na tarde do dia 6, na sede do Crea-BA.
O primeiro painel oferecido pelos assessores especiais da Prefeitura Municipal de Salvador para assuntos da Copa, Miguel Kertzman e Francisco Ulisses, apresentou as propostas para as limitações da rede de transporte da região metropolitana, considerando o desordenamento da distribuição das rotas viárias. “50% da frota que circula em Salvador, passa por pontos críticos de estrangulamento. É necessário um planejamento direcionado para locais onde exista possibilidade de expansão sem afunilamentos”. Segundo Kertzman, os projetos contemplados devem atender como requisito a viabilidade econômica.
Francisco Ulisses afirmou que os estudos para desenvolver ações de melhorias no transporte público de Salvador foram iniciados em 2005. “Foram simulados três cenários focados em alternativas para a questão de transporte de massa. O ideal é utilizar um modelo que abarque gestão, operacionalidade, situação econômico-financeira e infraestrutura. “Alguns resultados do estudo já podem ser constatados, como a inserção dos “amarelinhos”, transporte alternativo que reduz a tarifa a ser paga pelo segundo trecho rodoviário, e a bilhetagem eletrônica com o uso do Salvador card”, disse Ulisses. A pesquisa prevê como solução, a integração dos sistemas de transporte nos 130 quilômetros de extensão identificados como pontos de estrangulamento de trânsito atuais.
O segundo painel discutido pelo arquiteto e representante da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (SEDUR), Caiuby Menezes, abordou a proposta de concepção para o Programa Rede Integrado de Transportes, focado na região metropolitana. “A idéia é oferecer um sistema de deslocamento reduzido, com segurança, rapidez e qualidade”, declarou. Menezes defende a continuidade dos projetos não deveria ser afetada pelas trocas de gestões partidárias. O arquiteto propõe a execução dos serviços na melhoria do tráfego de maneira fracionada, a fim de não aumentar o colapso nas vias urbanas da cidade. “Algumas desapropriações devem ser realizadas para alargar algumas faixas”.
Para finalizar esta fase de exposições, o arquiteto e urbanista, coordenador da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP-Brasília), Nazareno Stanislau, acredita que o problema de mobilidade do país é causado pelo aumento expressivo de transporte individual. “Em 50 anos foram fabricados 50 milhões de carros. Em 2009, as políticas de incentivo, com redução de IPI e congelamento no valor da gasolina, contribuem para o aumento de automóveis circulantes. Dados de uma pesquisa realizada pela ANTP revelam que, entre 1992 e 2005, 20 bilhões de passageiros migraram para os meios de transporte individual. “Além disso, o aumento considerável de automóveis agrava as condições ambientais. “Os projetos que surgem em virtude da Copa não são um projeto do Governo Federal nem da FIFA. É um projeto de Salvador, que só será escolhida como sub-sede do torneio se comprovar possuir condições de segurança e infraestrutura”, conclui.
Helane Bomfim
Fonte: Ascom / Crea-BA
Data: 7/10/2009
O primeiro painel oferecido pelos assessores especiais da Prefeitura Municipal de Salvador para assuntos da Copa, Miguel Kertzman e Francisco Ulisses, apresentou as propostas para as limitações da rede de transporte da região metropolitana, considerando o desordenamento da distribuição das rotas viárias. “50% da frota que circula em Salvador, passa por pontos críticos de estrangulamento. É necessário um planejamento direcionado para locais onde exista possibilidade de expansão sem afunilamentos”. Segundo Kertzman, os projetos contemplados devem atender como requisito a viabilidade econômica.
Francisco Ulisses afirmou que os estudos para desenvolver ações de melhorias no transporte público de Salvador foram iniciados em 2005. “Foram simulados três cenários focados em alternativas para a questão de transporte de massa. O ideal é utilizar um modelo que abarque gestão, operacionalidade, situação econômico-financeira e infraestrutura. “Alguns resultados do estudo já podem ser constatados, como a inserção dos “amarelinhos”, transporte alternativo que reduz a tarifa a ser paga pelo segundo trecho rodoviário, e a bilhetagem eletrônica com o uso do Salvador card”, disse Ulisses. A pesquisa prevê como solução, a integração dos sistemas de transporte nos 130 quilômetros de extensão identificados como pontos de estrangulamento de trânsito atuais.
O segundo painel discutido pelo arquiteto e representante da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (SEDUR), Caiuby Menezes, abordou a proposta de concepção para o Programa Rede Integrado de Transportes, focado na região metropolitana. “A idéia é oferecer um sistema de deslocamento reduzido, com segurança, rapidez e qualidade”, declarou. Menezes defende a continuidade dos projetos não deveria ser afetada pelas trocas de gestões partidárias. O arquiteto propõe a execução dos serviços na melhoria do tráfego de maneira fracionada, a fim de não aumentar o colapso nas vias urbanas da cidade. “Algumas desapropriações devem ser realizadas para alargar algumas faixas”.
Para finalizar esta fase de exposições, o arquiteto e urbanista, coordenador da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP-Brasília), Nazareno Stanislau, acredita que o problema de mobilidade do país é causado pelo aumento expressivo de transporte individual. “Em 50 anos foram fabricados 50 milhões de carros. Em 2009, as políticas de incentivo, com redução de IPI e congelamento no valor da gasolina, contribuem para o aumento de automóveis circulantes. Dados de uma pesquisa realizada pela ANTP revelam que, entre 1992 e 2005, 20 bilhões de passageiros migraram para os meios de transporte individual. “Além disso, o aumento considerável de automóveis agrava as condições ambientais. “Os projetos que surgem em virtude da Copa não são um projeto do Governo Federal nem da FIFA. É um projeto de Salvador, que só será escolhida como sub-sede do torneio se comprovar possuir condições de segurança e infraestrutura”, conclui.
Helane Bomfim
Fonte: Ascom / Crea-BA
Data: 7/10/2009
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