O segundo debate sobre a Copa 2014 que aconteceu no auditório do Crea-BA nesta terça (6) abordou o tema mobilidade urbana em Salvador e região Metropolitana. Com as presenças do presidente, Jonas Dantas, além de representantes do Governo do Estado, da Prefeitura de Salvador e sociedade civil organizada, o encontrou foi dividido em três momentos.
No primeiro deles, o presidente da casa, o engenheiro agrônomo Jonas Dantas, reiterou que o objetivo do Ciclo de debates é discutir os impactos e os benefícios dos projetos previstos para a capital baiana em atendimento às exigências da Fifa. “Pretendemos, com o embate de idéias, analisar a melhor alternativa para o pós-copa, reduzindo os problemas existentes, focando a democratização dos espaços públicos para que tenhamos uma sociedade mais justa e igualitária”.
O diretor geral de urbanismo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Planejamento e Meio Ambiente (SEDHAM), José Henrique Oliveira, destacou os aspectos urbanísticos da capital, enfatizando as deficiências da orla. “A nossa orla marítima é a mais feia do Brasil. Já foram liberados R$5 milhões do governo federal para melhorias no aspecto visual”, anunciou. Ordep Serra, do Movimento Vozes de Salvador, declarou ser lamentável que estes assuntos só apareçam como pauta de discussão devido ao advento de um evento futebolístico. “O grande receio com um acontecimento desse porte, é que se repitam os erros cometidos no Plano Diretor da cidade, que aprovou um documento com falhas técnicas e sem contemplar a participação popular”. Agostinho Muniz, do Fórum A Cidade Também é Nossa, acredita que a abertura do debate participativo é a saída viável para a busca de soluções para os entraves da mobilidade urbana.
Já o presidente do IAB-BA, Paulo Ormindo, pontuou que as entidades presentes têm a responsabilidade de traduzir para a população os impactos que um evento como a Copa do mundo pode ocasionar em longo prazo. “O torneio possui três momento: o antes, o durante e o depois. No primeiro deles, é quando são definidos os projetos de adequação para a cidade, sobretudo, considerando os aspectos de planejamento e tecnicidade. Durante os jogos, o foco se volta integralmente para o torneio e só depois de terminado o evento que serão avaliadas as intervenções executadas. É nesse estágio que estão concentradas as nossa preocupações ”. Segundo Ormindo, o governo brasileiro não podia acatar as recomendações de adequação apresentadas pela FIFA, já que os requisitos necessários para uma cidade sub-sede, não são compatíveis com a realidade de um país que não detém infraestrutura adequada para atender tais exigências.
Encerrando a primeira rodada do debate, a diretora Solange Araújo esclareceu que a Escola de Arquitetura da Ufba nunca foi contrária a realização do evento na capital. “Nosso questionamento era em relação às intervenções que seriam realizadas no estádio da Fonte Nova, já que estas atuariam diretamente nos aspectos arquitetônicos da edificação. Nossa defesa era em relação ao patrimônio da Cidade”. Araujo defende que, sobre a mobilidade, os projetos apresentados devem ser ampliados e executados independentes do acontecimento da competição.
Leia mais sobre o debate no próximo post
Helane Bomfim
Fonte: Ascom / Crea-BA
Data: 7/10/2009
No primeiro deles, o presidente da casa, o engenheiro agrônomo Jonas Dantas, reiterou que o objetivo do Ciclo de debates é discutir os impactos e os benefícios dos projetos previstos para a capital baiana em atendimento às exigências da Fifa. “Pretendemos, com o embate de idéias, analisar a melhor alternativa para o pós-copa, reduzindo os problemas existentes, focando a democratização dos espaços públicos para que tenhamos uma sociedade mais justa e igualitária”.
O diretor geral de urbanismo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Planejamento e Meio Ambiente (SEDHAM), José Henrique Oliveira, destacou os aspectos urbanísticos da capital, enfatizando as deficiências da orla. “A nossa orla marítima é a mais feia do Brasil. Já foram liberados R$5 milhões do governo federal para melhorias no aspecto visual”, anunciou. Ordep Serra, do Movimento Vozes de Salvador, declarou ser lamentável que estes assuntos só apareçam como pauta de discussão devido ao advento de um evento futebolístico. “O grande receio com um acontecimento desse porte, é que se repitam os erros cometidos no Plano Diretor da cidade, que aprovou um documento com falhas técnicas e sem contemplar a participação popular”. Agostinho Muniz, do Fórum A Cidade Também é Nossa, acredita que a abertura do debate participativo é a saída viável para a busca de soluções para os entraves da mobilidade urbana.
Já o presidente do IAB-BA, Paulo Ormindo, pontuou que as entidades presentes têm a responsabilidade de traduzir para a população os impactos que um evento como a Copa do mundo pode ocasionar em longo prazo. “O torneio possui três momento: o antes, o durante e o depois. No primeiro deles, é quando são definidos os projetos de adequação para a cidade, sobretudo, considerando os aspectos de planejamento e tecnicidade. Durante os jogos, o foco se volta integralmente para o torneio e só depois de terminado o evento que serão avaliadas as intervenções executadas. É nesse estágio que estão concentradas as nossa preocupações ”. Segundo Ormindo, o governo brasileiro não podia acatar as recomendações de adequação apresentadas pela FIFA, já que os requisitos necessários para uma cidade sub-sede, não são compatíveis com a realidade de um país que não detém infraestrutura adequada para atender tais exigências.
Encerrando a primeira rodada do debate, a diretora Solange Araújo esclareceu que a Escola de Arquitetura da Ufba nunca foi contrária a realização do evento na capital. “Nosso questionamento era em relação às intervenções que seriam realizadas no estádio da Fonte Nova, já que estas atuariam diretamente nos aspectos arquitetônicos da edificação. Nossa defesa era em relação ao patrimônio da Cidade”. Araujo defende que, sobre a mobilidade, os projetos apresentados devem ser ampliados e executados independentes do acontecimento da competição.
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Helane Bomfim
Fonte: Ascom / Crea-BA
Data: 7/10/2009
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