domingo, 6 de junho de 2010

Crônicas Luis Fernando Verissimo de 23/05 a 06/06/10

Zero Hora, 23/05/10

Fuga

Meus sapatos se aproveitaram da minha desatenção e deram no pé

Eu costumava tirar os sapatos no cinema, até que um dia fui recalçá-los e não os encontrei. Não pensei em roubo nem em ratos. Por alguma razão, imaginei que eles tinham fugido.
Era isso. Meus sapatos tinham se aproveitado da minha desatenção e dado no pé. Naquele instante, estavam correndo pela rua, pulando de alegria e batendo os calcanhares no ar para celebrar a liberdade conquistada. Talvez tivessem planejado a fuga havia tempo e só esperassem a oportunidade. O cinema era o lugar ideal. Eles podiam sair furtivamente, no escuro, e sua falta só seria sentida no fim da sessão. E finalmente andariam sozinhos na rua, sem o meu peso para oprimi-los.
Eventualmente, eles entrariam para uma gangue de sapatos fujões ou marginalizados. Um bando de renegados – botinas descartadas, mocassins decadentes, tênis de boa família caídos em desgraça, sandálias Havaianas e alpargatas nordestinas vivendo em louca promiscuidade, sapatilhas rebeldes e, claro, inúmeros pés de chinelo – que andavam pelos becos cheirando cola de sapateiro, chutando latas e sapateando até altas horas. Acabariam na minha porta, pedindo graxa, seu lugar de volta na segurança do meu armário, e perdão. E então me pagariam.
Acabei encontrando meus sapatos. Que não tinham fugido. Talvez só ido dar uma volta.

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Padrões

Durante muitos anos, o padrão de mulher “boa” no Brasil foi o tipo violão.

Mais anca do que peito. Aos poucos fomos nos enquadrando nos padrões internacionais de beleza, embora persistisse a certeza de que o padrão violão era melhor, e os estrangeiros não sabiam o que estavam perdendo. O tipo longilíneo se impôs e hoje nem entre os travestis, esses guardiões das virtudes femininas em desuso, se encontra o formato antigo. Mais uma vitória do colonialismo cultural.
Tese: a evolução do maio teve muito a ver com isso. O advento do biquíni e da tanga condenou a coxa larga a adaptar-se ou sair da praia. A transformação do traje de banho trouxe outros benefícios para a humanidade e seus fundilhos. Ainda peguei o tempo dos calções infantis de pano, que ficavam pesados e ásperos quando molhados e cheios de areia, e nos assavam as pernas e a bunda. E até uma determinada época os “maillots” das moças eram feitos para disfarçar o fato de que elas tinham sexo. Mas a gente sabia que elas tinham, embora não se tivesse bem certeza de como funcionava. Conclusão: bons tempos, nada!

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Robin Hood

Nunca entendi muito bem o sucesso do Russel Crowe como ator. Ele é da linha do Alan Ladd, de quem se dizia que tinha apenas duas expressões: com chapéu e sem chapéu. Fora, talvez, seu desempenho como o informante naquele filme do Michael Mann sobre os podres da indústria de cigarros, em que só precisava parecer ressentido, Crowe enfrentou feras no Coliseu e férias na Provence com a mesma cara, o que não o impediu de ser o ator preferido de Ridley Scott, que também o escolheu para a sua versão de Robin Hood.

Neste caso, Crowe teve que enfrentar o fato de que o Robin Hood definitivo já existia: Errol Flynn, na versão de 1939 dirigida pelo Michael Curtiz, um dos primeiros filmes coloridos feitos em Hollywood. E Crowe não pode nem alegar que seu Robin Hood é mais velho e portanto não deve ser comparado ao do Errol Flynn. O Robin Hood mais velho definitivo também já foi feito, por Sean Connery, formando um inesquecível casal crepuscular com Audrey Hepburn no papel de Marian, num filme dirigido por quem mesmo? Crowe foi atirado, de novo, às feras.

Como todos os filmes de Ridley Scott, Robin Hood é um espetáculo visual à prova de maus atores e maus roteiros. Uma curiosidade: chamaram o Tom Stoppard para dar um jeito no script, mas não se nota sua presença no roteiro nem aparece o seu nome nos créditos, provavelmente a seu pedido. Depois que o James Cameron se revelou um anti-imperialista furioso em Avatar, Ridley Scott faz do seu Robin um insurgente republicano, que só vira um guerrilheiro fora da lei – o filme é, na verdade, um prólogo da lenda do bandido distributivista – quando o rei se recusa a abrandar sua prepotência de origem divina.

As melhores razões para ver o filme são duas atrizes, Cate Blanchett, como uma Marian também já madura, e Léa Seydoux, como a namorada francesa do rei. Os franceses, como se sabe, inventaram o boudoir, uma peça da casa especificamente para a mulher bouder, ou fazer beicinho. As francesas fazem beicinho como ninguém. Léa Seydoux só aparece em cena para bouder, mas o faz magnificamente. Seu beicinho redime o filme.

Zero Hora - 24/05/2010

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Metafísicas

Os gregos foram os primeiros a encarar a metafísica com algo mais do que espanto e reverência. No berço da civilização ocidental, também nasceu o pensamento organizado sobre o invisível, o além e nossa relação com os deuses. Assim, não deixa de ser irônico que na Grécia moderna hoje se testem os limites da outra metafísica, não a dos filósofos, mas a do dinheiro. A que se impôs porque suas abstrações são muito mais potentes do que as aristotélicas – e rendem muito mais. A Igreja medieval condenava o comércio financeiro porque os juros eram produto de uma coisa infecunda, o próprio dinheiro, e portanto antinaturais, além de serem um preço dado ao tempo, que é de Deus. Mas desconfia-se que a Igreja combatia os juros, acima de tudo, para proteger sua metafísica da metafísica emergente do mercado. Acabou cedendo, aceitou os juros para não ficar de fora do melhor negócio do mundo, que é o dinheiro produzido por dinheiro, e hoje não excomunga mais ninguém por usura.

A vitória não foi da realidade do dinheiro sobre a especulação filosófica, foi de uma irrealidade sobre outra. As duas metafísicas se parecem. Como são feitas no ar, só têm os limites que elas mesmas se dão. Aqueles concílios da Igreja em que se discutiam coisas como quantos anjos poderiam dançar na ponta de um alfinete são os antecedentes diretos dos conluios do capital financeiro que geraram as pirâmides de papel desligadas de qualquer lastro real, para o dinheiro produzir cada vez mais dinheiro, cada vez mais abstrato. Na questão dos anjos, a discussão era entre os que diziam que o número de anjos que cabiam na ponta de um alfinete era limitado e os que diziam que era infinito. As mesmas especulações etéreas eram feitas sobre até onde poderia ir a farra do capital especulativo. O que a atual crise mostrou é que o número de anjos é finito.

Mas as metafísicas se autorregeneram. A crise tem significado uma espécie de purgatório para o capital financeiro descontrolado, mas nenhum dos seus beneficiários acabará no inferno. Wall Street reage e retoma seus maus hábitos, na Europa optou-se por um adiamento do pior em vez de uma solução. A metafísica medieval, herdeira da metafísica grega, pelo menos garantia a remissão dos pobres e dos virtuosos no fim dos tempos. A metafísica do mercado só garante felicidade para os espertos.

Zero Hora - 27/05/2010

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Zero Hora, 30/05/10

O Mestre

Eu precisava escrever esta crônica. Tinha pouco tempo e nenhuma ideia. Fazer o quê? Fui procurar o Mestre. Expliquei minha situação. Ele sorriu, paternalmente. O velho problema de sempre. A aflição de todo cronista. Pouco tempo e nenhuma ideia.

– Escreva sobre isso – sugeriu ele, agora com um sorriso irônico. – Sobre a aflição. Sobre o que sente um cronista sem tempo e sem ideias, obrigado a cumprir um prazo.

– Mas, Mestre, isso é o que tem feito todos os cronistas desde os tempos bíblicos. Na falta de assunto, escrever sobre a falta de assunto. Não é novidade.

– Ainda bem que você reconhece – disse ele. – Esse truque não funciona mais. Vamos às alternativas. Que tipo de crônica você quer fazer?

– Bem...

– Séria? Humorística? Opiniática? Lirica? Profunda? Frívola?

– Humorística.

– Que tipo de humor?
– Quantos tipos há?

– Tem o humor fácil, sem um objetivo maior, e que sempre funciona. Um homem escorregando numa casca de banana, por exemplo. O homem escorrega numa casca de banana e cai. Não é uma crônica, mas é um começo. E engraçado.

– E o que acontece depois?

– Aí depende. O tombo pode significar apenas um tombo. Ou a casca de banana pode simbolizar o destino, o homem que cai pode simbolizar a humanidade diante do seu destino e da fatalidade biológica da morte, e toda a crônica pode ser sobre a condição humana e o nosso desespero sem saída.

– E onde fica o humor?

– No final a gente bota uma piada.

– Sei não. Casca de banana...

– Você quer uma coisa mais refinada? Escreva diálogos sofisticados. Os diálogos têm uma grande vantagem.

– Qual é?

– Qual é o quê?

– Qual é a vantagem de diálogos?

– É que enchem mais espaço. O leitor pode ter dificuldade em identificar quem está falando, mas o cronista sem tempo realiza seu objetivo principal, que é chegar ao fim da crônica o mais rapidamente possível.

– Esses diálogos sofisticados...

– São fáceis de fazer. Ao contrário da casca de banana, não precisam provocar gargalhadas, apenas sorrisos. Experimente. Comece um dialogo sofisticado.
– Hmmm. Deixa ver. Homem chega em casa e pede para a mulher: “Prepara um drinque para mim e um banho quente para nós dois”. Mulher diz: “Acho que você já tomou drinques demais”. Homem: “Por que você diz isso, querida?”. Mulher: “Porque esta não é a sua casa e eu não sou a sua mulher”. Homem: “O banho quente, então, nem pensar?”.

– Acho melhor esquecer o humor.

– Sobre o que eu devo escrever, então?

– Tenta algo profundo. A alma. O pré-sal.

– Não tenho tempo!

– Então escreve qualquer bobagem, mas com uma epígrafe do Shakespeare ou do Nietzsche. Qualquer coisa fica séria com uma boa epígrafe.

– Você acha?

– Vamos fazer o seguinte. Inventa um Mestre a quem você pede ajuda. Ele tenta ajudar, e o diálogo de vocês é a crônica. Pronto.

– Mas isso também é um truque!

– E daí? Funcionou. Chegamos ao fim.

– Você não tem mais nada para dizer?

– Tenho. Tiau.

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A Curva dos Olhos-D’Água

Luis Fernando Verissimo

Já contei como foi meu primeiro encontro com o Latim na escola. Não houve encontro. Quando descobri que o Latim fazia parte do currículo no novo ano letivo, decidi que aquilo não era para mim e fugi. Troquei as aulas de Latim por passeios perto da escola. Até hoje não sei como nunca fui pego gazeando as aulas. Ainda se diz "gazear"? A escola ficava no alto de um morro e no pé do morro ficava o Jockey Club de Porto Alegre, o Prado. Na hora do Latim eu descia o morro e ia ver os cavalos treinarem. Fui um frequentador tão assíduo destes exercícios matinais que um dia me vi até segurando um balde para um treinador que escovava seu cavalo. Depois subia o morro e voltava à escola. No exame oral de fim de ano o professor de Latim apertou minha mão e disse "muito prazer", pois só me conhecia de nome. Tive que repetir o ano, claro.

Infelizmente, minha frequência nos bastidores do hipódromo não me transformou num expert em cavalos e corridas. Só o que aconteceu foi que passei a acompanhar o noticiário do Jockey, que naquele tempo ocupava bastante mais espaço nos jornais e nas rádios do que hoje, pelo menos em Porto Alegre. E gostava de ler a descrição das corridas nos jornais ou ouvi-las sendo narradas no rádio. A primeira curva da pista do Prado depois da reta de chegada era chamada de Curva dos Olhos-D’Água. Eu achava bonito aquilo: Curva dos Olhos-D’Água. Nunca descobri se haviam vertentes atrás da curva, para justificar o nome. Preferia pensar que a razão do nome era puramente poética. Como a que inspiraria, anos depois, o Chico Buarque a compor a sua "Morena dos olhos d’água", a única outra referência literária à expressão que eu conheço. Quando o Jockey Club mudou de lugar, fizeram um parque no local e, que eu saiba, não encontraram olhos-d’água no terreno. Talvez fosse mesmo apenas literatura.
Cheguei a pensar que, se um dia escrevesse um livro sobre aquele garoto que fugia do Latim e ia ver os cavalos, o título seria "A Curva dos Olhos-D’Água". Significando nada, apenas para não desperdiçar o nome. Como o livro não sairá, vai uma crônica mesmo.

(Blog do Noblat, Globo on line, 30/5/2010)


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Expectativas

Cada Copa do Mundo é diferente e – no Brasil – cada pré-Copa também. Mudam as manifestações de esperança ou dúvida que acompanham nossa seleção, de acordo com a expectativa do momento. E raramente a realidade corresponde à expectativa.

Depois do bicampeonato mundial de 58 e 62, fomos para a Copa de 66 convencidos da nossa invencibilidade. Afinal, tínhamos não apenas o melhor jogador em atividade no mundo, mas o melhor jogador em atividade no mundo com 25 anos. Mas quebraram o Pelé na Copa de 66 e o time desmoronou.

Em 70, a Seleção viajou para o México em meio a uma descrença difusa mas indisfarçável. A fase de preparação fora conturbada. Tinha havido o problema com o João Saldanha, dispensado como técnico por alegadas razões políticas e substituído pelo Zagallo. O próprio Pelé não era mais uma unanimidade, e chegaram a dizer que ele não estava enxergando bem. Além da miopia do Pelé, nos faltava um centroavante, pois o Tostão claramente não tinha o físico para o papel, e nossa defesa era fraca. Não podia dar certo. Deu certíssimo.

Curiosamente, quatro anos depois ninguém estava muito animado com a Seleção. Não ajudou muito a declaração do Zagallo, feita em “off” mas entreouvida e transmitida, de que sua única esperança era cavar faltas perto da área dos adversários e confiar nos nossos cobradores. Os cobradores não nos salvaram.

Em 78, o ceticismo geral se concentrou no capitão Coutinho e no seu linguajar tecnocrático, mas aquela Copa já tinha dono antes de começar, a Argentina. Nada teria feito muita diferença para os brasileiros, nem outro técnico, nem o jovem Falcão no lugar do Chicão.

Nenhuma Seleção saiu do Brasil mais oba-obaizada do que a de 82. Era a Seleção da melhor geração de craques brasileiros desde a da Copa de 50. Júnior, Falcão, Cerezzo, Sócrates, Zico, Eder... Não podia perder e perdeu. Como a de 50, aquela geração também ficou sem sua apoteose. Teve outra oportunidade no México em 86, mas aí já era tarde.

Na Itália, em 90, nascia o que o Armando Nogueira batizou, com desgosto, de a Era Dunga. Quatro anos depois, nos Estados Unidos, o desacreditado Dunga liderou uma vitória brasileira que ninguém esperava, desagravando a sua biografia, mas nem assim convencendo todo o mundo.

Na Copa de 98, a realidade derrotou a expectativa de que 94 se repetiria, mas foi uma realidade tão estranha – convulsões misteriosas do Ronaldo e inéditos gols de cabeça do Zidane no último jogo –, que resiste a qualquer tese, e não conta.

Ronaldo era a grande incógnita da Seleção de 2002, e a vitória da seleção no Japão foi uma vitória pessoal do jogador, numa bela história de remissão que soaria inverossímil como literatura.

Finalmente, as grandes esperanças com a Seleção de 2006 se justificavam. O período de preparação tinha sido empolgante. Quem poderia prever que o futebol de Ronaldinho, Kaká e os outros desapareceria como flocos de neve no verão alemão?

E vamos para a África do Sul cheios de... O que, exatamente? Entusiasmo, digamos, reticente, ou desesperança resignada? Certeza só a do Dunga, que ou volta definitivamente acreditado, ou desacreditado para todo e sempre.

Zero Hora - 03/05/2010

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Zero Hora, 06/06/10

O escalado

Boa tarde, auditório! Boa tarde, telespectadores! Vocês me conhecem do teatro, do cinema e da televisão e agora aqui estou eu, escalado pela emissora, não me perguntem por que, para apresentar Não Ria e Fique Rico, o novo programa milionário da TV brasileira que todas as semanas trará a felicidade para um participante, que poderá sair daqui com até R$ 500 mil no bolso. Quinhentos mil reais! Não ganhei isso nem fazendo novela, quando eles sabiam me aproveitar. E sem mais demora vamos chamar nossos três participantes de hoje, escolhidos entre milhares que nos escreveram pedindo para participar, começando por... Eloir Dalvento! Boa tarde, dona Eloir! Tome seu lugar atrás desse... dessa...desse negócio aí. Isso. Em seguida, vamos chamar... Marcos Pontiagudo! Boa tarde, seu Marcos! Fique aí ao lado da dona Evoni. Eloni? Eloir, claro. Desculpem, eu não dormi bem essa noite. Quem dormiria, depois de receber um ultimato como eles me deram? Ou faz o programa ou... Bom, esquece. Vamos começar Não Ria e Fique Rico! Nossos três candidatos estão a postos e... Espera. Falta um candidato. E ele é, deixa ver... Não é ele, é ela. Dalva Florimar! Aplausos para a dona Dalva, auditório! Fique ao lado do seu Marcos nesse troço. Púlpito. Acho que isso se chama púlpito.
Quem se importa? Vamos lá. Atenção para as regras do jogo. Na frente de cada um de vocês há um botão. Um verde, um amarelo e um vermelho. Quando eu fizer uma pergunta... Desculpem. Não é nada disso. Antes das perguntas, cada um de vocês tem que girar a Roda da Felicidade. É isso, produção? Não consegui decorar o roteiro do programa. Estou acostumado a decorar roteiros de novela e peças de teatro... Eu já fiz Shakespeare. Alguém me viu? Uma adaptação livre de Otelo passada na Inglaterra em que Otelo era gay e a Desdemona se chamava Desmond. A Barbara Heliodora odiou, mas disse que eu me salvava do caos. Mas deixa isso pra lá.. Cada um faz girar a Roda da Felicidade. Se a roda parar no mês de aniversário do concorrente ele ganha R$ 10 mil, se cair no mês de aniversário de outro concorrente, este ganha os R$ 10 mil, e se não cair no mês de aniversário de ninguém, acontece alguma coisa engraçada com a pessoa que girou a Roda da Felicidade. Derramam uma lata de tinta amarela na sua cabeça ou aparece um palhaço para tentar lhe dar um beijo e deixá-la lambuzada de vermelho, ou vem um lagarto verde e...e...Faz o quê, mesmo, produção? Enfim, depende do botão que os outros dois apertarem, ou de quem apertar um botão primeiro, ou alguma idiotice parecida. Ah, importante: os outros dois não podem rir, aconteça o que acontecer, senão não apenas não ganham nada como têm que pagar à emissora. Depois vem as minhas perguntas sobre os afluentes do Amazonas e as capitais da Europa. Isso se eu ainda não tiver saído correndo e gritando deste estúdio. Mas vamos lá! A senhora primeiro, dona Heloísa! Gire a Roda da Felicidade! E pensar que eu fiz dois anos de laboratório e três de expressão corporal, para isso...

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