Evento é iniciativa da Câmara de Engenharia Civil do Crea-BA
Data: 14/04/2010 Notícias > Crea-BA
Aspectos relativos à topografia da cidade e as causas de deslizamentos de terra em períodos de chuva nortearam o debate promovido pela Câmara Especializada de Engenharia Civil (CEEC) do Crea-BA na noite da terça (12).
O diretor da Escola Politécnica da Ufba, Luis Edmundo Campos iniciou a discussão explicando que os efeitos causados pelas chuvas são fruto de uma crise social. “Temos duas alternativas. Uma é agir deslocando as pessoas das áreas de risco. A segunda, é aprender a conviver com o problema”. Campos demonstrou o processo de formação das infiltrações e reiterou a necessidade de alertar a população principalmente quanto aos riscos decorrentes da intensidade do acúmulo de água. “Os deslizamentos não acontecem porque está chovendo e sim pela quantidade de água infiltrada no solo”.
Na avaliação de Marco Túlio Oliveira, coordenador de áreas de riscos geológicos da Coordenadoria de Defesa Civil de Salvador (Codesal), o problema se agrava devido à ocupação desordenada nas regiões cadastradas pelo órgão como suscetíveis a acidente. “Só em Santa Luzia são 28 pontos de riscos. É necessária a formulação de um plano preventivo para conscientizar a população quanto ao remanejamento e as possibilidades de ocorrência de eventos trágicos”. Registros da Codesal mostram que em 2009, das 2.900 ocorrências de deslizamentos de terra 87,6% tiveram o lixo como agravante de causa.
O engenheiro Luis Edmundo salientou ainda que a falta de políticas e projetos que mantenham as pessoas distribuídas por região de maneira mais uniforme agravam a situação. “As chuvas apenas retratam a precariedade da ocupação na cidade. Quando não há coleta seletiva, o acúmulo de lixo independe da classe social”, afirmou.
Para o professor da Ufba, Carlos Henrique Medeiros, a razão de desastres é gerado pela ausência de uma engenharia social, aliada a falta de profissionais no ramo da geologia de engenharia. “O momento é de aproximação entre as associações para atuação conjunta para resolução dos problemas”.
Até as 18h30 a Codesal havia registrado 258 solicitações de emergência.
Engajamento da Câmara - Foi aprovado pela CEEC um plano de trabalho que prevê a realização de palestras, debates e encontros focados nas ações fiscalizadoras abrangidas pelo Crea. Segundo a coordenadora Rute Carvalhal, a proposta terá dois momentos. Um com a presença de convidados que colocarão em discussão assuntos relacionados à CEEC e em um segundo, os próprios conselheiros apresentam temas e relatam experiências profissionais. “Além disso, se pretende formular um documento sistematizando as propostas que por ventura surgirem e uma avaliação dos resultados do encontro”, informou a coordenadora.
Além das áreas de riscos, a Câmara de engenharia Civil já abordou avaliações e perícias. Para julho está agendado debate sobre a Via Expressa.
Por Helane Bomfim
Data: 14/04/2010 Notícias > Crea-BA
Aspectos relativos à topografia da cidade e as causas de deslizamentos de terra em períodos de chuva nortearam o debate promovido pela Câmara Especializada de Engenharia Civil (CEEC) do Crea-BA na noite da terça (12).
O diretor da Escola Politécnica da Ufba, Luis Edmundo Campos iniciou a discussão explicando que os efeitos causados pelas chuvas são fruto de uma crise social. “Temos duas alternativas. Uma é agir deslocando as pessoas das áreas de risco. A segunda, é aprender a conviver com o problema”. Campos demonstrou o processo de formação das infiltrações e reiterou a necessidade de alertar a população principalmente quanto aos riscos decorrentes da intensidade do acúmulo de água. “Os deslizamentos não acontecem porque está chovendo e sim pela quantidade de água infiltrada no solo”.
Na avaliação de Marco Túlio Oliveira, coordenador de áreas de riscos geológicos da Coordenadoria de Defesa Civil de Salvador (Codesal), o problema se agrava devido à ocupação desordenada nas regiões cadastradas pelo órgão como suscetíveis a acidente. “Só em Santa Luzia são 28 pontos de riscos. É necessária a formulação de um plano preventivo para conscientizar a população quanto ao remanejamento e as possibilidades de ocorrência de eventos trágicos”. Registros da Codesal mostram que em 2009, das 2.900 ocorrências de deslizamentos de terra 87,6% tiveram o lixo como agravante de causa.
O engenheiro Luis Edmundo salientou ainda que a falta de políticas e projetos que mantenham as pessoas distribuídas por região de maneira mais uniforme agravam a situação. “As chuvas apenas retratam a precariedade da ocupação na cidade. Quando não há coleta seletiva, o acúmulo de lixo independe da classe social”, afirmou.
Para o professor da Ufba, Carlos Henrique Medeiros, a razão de desastres é gerado pela ausência de uma engenharia social, aliada a falta de profissionais no ramo da geologia de engenharia. “O momento é de aproximação entre as associações para atuação conjunta para resolução dos problemas”.
Até as 18h30 a Codesal havia registrado 258 solicitações de emergência.
Engajamento da Câmara - Foi aprovado pela CEEC um plano de trabalho que prevê a realização de palestras, debates e encontros focados nas ações fiscalizadoras abrangidas pelo Crea. Segundo a coordenadora Rute Carvalhal, a proposta terá dois momentos. Um com a presença de convidados que colocarão em discussão assuntos relacionados à CEEC e em um segundo, os próprios conselheiros apresentam temas e relatam experiências profissionais. “Além disso, se pretende formular um documento sistematizando as propostas que por ventura surgirem e uma avaliação dos resultados do encontro”, informou a coordenadora.
Além das áreas de riscos, a Câmara de engenharia Civil já abordou avaliações e perícias. Para julho está agendado debate sobre a Via Expressa.
Por Helane Bomfim
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