
As vantagens da utilização da energia nuclear, como ferramenta tecnológica para o desenvolvimento sustentável no Brasil, foi o assunto apresentado pelo chefe do escritório da Eletronuclear no Nordeste, engenheiro Carlos Henrique Mariz, na noite da quarta-feira (09), no Bahia Othon Palace, Ondina. A palestra, promovida pelo Crea-BA, com os apoios do Colégio Estadual de Entidades e do Núcleo Estadual Pensar o Brasil, abriu o I Seminário de Tecnologia e desenvolvimento, que marca as comemorações do Dia do Engenheiro e do Arquiteto na Bahia.
Segundo Mariz, o tema – energia nuclear – geralmente é considerado polêmico e a oportunidade criada pelo Conselho é o momento ideal para o esclarecimento de idéias a respeito do assunto, já que existe a possibilidade de instalação de uma usina nuclear entre os estados de Bahia e Pernambuco . “Na região nordeste é necessário trazer energia de fora ou produzir internamente para diminuir o déficit de consumo por habitante”, disse. Enquanto a produção mundial de energia depende da exploração do carvão mineral - 41% da energia elétrica do mundo é proveniente desse elemento, a França, detentora da tecnologia nuclear mais avançada, é responsável por 76% de toda a energia produzida. O Brasil ocupa a 10ª posição no globo na produção de energia elétrica (3%), mas está na posição 90º em consumo per capita. O engenheiro da Eletronuclear informou que 19 locais já foram selecionados para receber a nova central nuclear. “Na Bahia pontuamos cinco localidades que atendem aos 76 requisitos necessários para a implantação. Entre eles, a disponibilidade de recurso hídrico e a potencialidade da região escolhida para ampliação, no futuro, de até seis unidades, além do levantamento do impacto ambiental e com a comunidade local". Ele salientou que esse estudo realizado pela Eletrobrás sinaliza os lugares, mas a decisão final é definida pelo Governo Federal. “Tudo vai depender da competência municipal para manusear esse tipo de tecnologia. Prevê-se a instalação de duas usinas no Nordeste e duas no Sudeste, como pode não haver a construção de nenhuma”, explica. Carlos Mariz defende a utilização da energia nuclear no Brasil, alegando que ela reduz os motes geradores do efeito estufa, além de possuir menores custos de operação.
A mesa de abertura do evento que terminou na quinta-feira (10), teve a presença do vice-presidente do Crea-Ba, engenheiro civil Edgarde Cerqueira, a técnica Ineivea Farias, representando a Mútua, o secretário da Indústria e Comércio do Estado da Bahia, James Correia, o Secretário Municipal de transportes e infraestrutura, Almir Melo e os engenheiros coordenadores do Projeto Pensar o Brasil, Caiuby Alves da Costa (Estadual), que ressaltou a importância do evento quando o país – e o mundo – necessita de mudanças drásticas através da participação dos profissionais da área tecnológica, e José Carlos Xavier (Nacional). “Eu não concebo discutir a pauta de assuntos sugerida para esse seminário, meio ambiente, tecnologia e sustentabilidade, se não ficar claro que estas questões precisam estar atreladas à melhoria da qualidade de vida e inclusão social da população”, disse Xavier.
Confira os assuntos apresentados nos painéis do I Seminário de Tecnologia e desenvolvimento - A Tecnologia a serviço do Homem – no próximo post.
Helane Bomfim
Fonte: Ascom - Crea-BA Data: 11/12/
Segundo Mariz, o tema – energia nuclear – geralmente é considerado polêmico e a oportunidade criada pelo Conselho é o momento ideal para o esclarecimento de idéias a respeito do assunto, já que existe a possibilidade de instalação de uma usina nuclear entre os estados de Bahia e Pernambuco . “Na região nordeste é necessário trazer energia de fora ou produzir internamente para diminuir o déficit de consumo por habitante”, disse. Enquanto a produção mundial de energia depende da exploração do carvão mineral - 41% da energia elétrica do mundo é proveniente desse elemento, a França, detentora da tecnologia nuclear mais avançada, é responsável por 76% de toda a energia produzida. O Brasil ocupa a 10ª posição no globo na produção de energia elétrica (3%), mas está na posição 90º em consumo per capita. O engenheiro da Eletronuclear informou que 19 locais já foram selecionados para receber a nova central nuclear. “Na Bahia pontuamos cinco localidades que atendem aos 76 requisitos necessários para a implantação. Entre eles, a disponibilidade de recurso hídrico e a potencialidade da região escolhida para ampliação, no futuro, de até seis unidades, além do levantamento do impacto ambiental e com a comunidade local". Ele salientou que esse estudo realizado pela Eletrobrás sinaliza os lugares, mas a decisão final é definida pelo Governo Federal. “Tudo vai depender da competência municipal para manusear esse tipo de tecnologia. Prevê-se a instalação de duas usinas no Nordeste e duas no Sudeste, como pode não haver a construção de nenhuma”, explica. Carlos Mariz defende a utilização da energia nuclear no Brasil, alegando que ela reduz os motes geradores do efeito estufa, além de possuir menores custos de operação.
A mesa de abertura do evento que terminou na quinta-feira (10), teve a presença do vice-presidente do Crea-Ba, engenheiro civil Edgarde Cerqueira, a técnica Ineivea Farias, representando a Mútua, o secretário da Indústria e Comércio do Estado da Bahia, James Correia, o Secretário Municipal de transportes e infraestrutura, Almir Melo e os engenheiros coordenadores do Projeto Pensar o Brasil, Caiuby Alves da Costa (Estadual), que ressaltou a importância do evento quando o país – e o mundo – necessita de mudanças drásticas através da participação dos profissionais da área tecnológica, e José Carlos Xavier (Nacional). “Eu não concebo discutir a pauta de assuntos sugerida para esse seminário, meio ambiente, tecnologia e sustentabilidade, se não ficar claro que estas questões precisam estar atreladas à melhoria da qualidade de vida e inclusão social da população”, disse Xavier.
Confira os assuntos apresentados nos painéis do I Seminário de Tecnologia e desenvolvimento - A Tecnologia a serviço do Homem – no próximo post.
Helane Bomfim
Fonte: Ascom - Crea-BA Data: 11/12/
2 comentários:
Muito bom que se discutam esses temas, a energia nuclear é uma realidade totalmente aceitável (e em muitos casos necessária) se bem implantada e operada, não fosse Chernobyl, com certeza essa seria uma tecnologia muito mais usada.
Mas, ainda é tempo de desmistificá-la.
Ótimo post.
Bj
Lembrei de uma música de uma banda de Punk Rock muuuito antiga aqui do Sul.
Os Replicantes - Chernobil
Chernobil não foi suficiente
Será preciso um acidente em Angra
Fazer acordo com a Argentina
Gastar milhões em mais usinas
Eu não quero acordo nuclear
Eu não quero usina nuclear
Eu não quero lixo nuclear
Eu não quero a bomba nuclear
Alguns setores civis e militares
Já defendem a bomba atômica
Estão explorando a Serra do Caximbo
E acabando com a Amazônia
Velhos Fascistas não sabem governar
Velhos Fascistas só querem o poder
Velhos Fascistas gastam nosso dinheiro
Velhos Fascistas vão nos matar
Claro que na época (algo perto de 1985) era bem comum esse "medo" nuclear.
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