segunda-feira, 1 de junho de 2015

Showrooming não desbanca lojas físicas na hora de comercializar materiais de construção


Desde 2012 vem crescendo o investimento em lojas virtuais (e-commerce) de produtos do segmento de material de construção. No mesmo período, 6% das compras nos Estados Unidos já eram realizadas pela internet. De acordo com o e-bit, o comércio eletrônico, considerando todos os segmentos, no primeiro semestre do ano passado já tinha faturado R$ 16 bilhões e este ano, 10% das comercializações, já são efetuadas via tablets e smartphones..

Segundo alguns analistas, as lojas físicas, ou showroomings, como está ficando conhecido o espaço para conhecer e experimentar produtos, antes de efetuar a compra pela internet, não tem causado impacto no faturamento da maioria das casas de venda de materiais de construção.
A disseminação da teoria do fim das lojas de "cimento e tijolo" frente aos avanços tecnológicos e estratégias de multicanal, caiu por terra, durante a 104° edição do Big Show da National Retail Federation, principal evento de varejo no mundo, que aconteceu em Nova York, em janeiro deste ano. Segundo a pesquisa apresentada neste evento, 95% das vendas do varejo americano são de marcas que possuem lojas físicas e 76% das pessoas entrevistas disseram que preferem adquirir produtos desse segmento in loco, olhando, tocando e experimentando o bem que estão comprando.

A estratégia utilizada por alguns logistas para coexistir com a concorrência na era digital é instalar cafeterias, rever logísticas de entrega do produto  e oferecer eventos interativos dentro do espaço das lojas, como: palestras, oficinas, mini-cursos, espaços infantis a fim de garantir a presença de consumidores dentro dos estabelecimentos.   

Para o presidente da Associação dos Comerciantes de Material de Construção (ACOMAC- Bahia), Alexandre Cohim Moreira, o e-commerce no segmento continuará sendo importante, sobretudo por conta da questão da convergência, mas não chegará a ameaçar a estrutura comercial existente. "Não acredito que a comercialização via WEB irá suplantar as lojas físicas, mas ganhará importância ao longo do tempo e será complementar", esclarece. Para ele, as lojas precisam ser mais produtivas, atraentes e competitivas para se manterem no mercado. A última pesquisa publicada pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) publicada no início desse mês,  manteve as vendas de material de construção num patamar regular (50% das empresas entrevistadas), enquanto para 24% as vendas foram boas e para 15% ruins. A expectativa é de crescimento até o final do primeiro semestre.
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