terça-feira, 26 de junho de 2012

Esporte Amigo: “Não fui atendido por ser diferente”, diz cadeirante

25/06/2012 às 19:57 ATUALIZADA EM: 25/06/2012 ÀS 20:05 |

Diana Gomes

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Caio Gelisk começou na corrida de rua após ser recusado
 em uma academia por ser cadeirante
Quando estava muito acima do peso, o paulista radicado na Bahia, Caio Gelisk, fez o que qualquer pessoa comum faria. Procurou a ajuda de um profissional em uma academia para tentar emagrecer. O que ele não esperava era não ser aceito por ser deficiente físico. Aos 13 anos, Caio teve um câncer e, por consequência, ficou paraplégico.
Na época, gostava muito de praticar esportes, mas abandonou as atividades físicas quando passou a usar uma cadeira de rodas. “Cheguei a pesar 120 quilos”, lembra.
Apesar da frustração por não ser aceito na academia, Caio não ficou com rancor do professor que o recusou. “Eu fiquei triste, mas sei que não foi por maldade dele. É uma questão cultural. Não fui atendido por ser diferente. O preconceito vem do medo que as pessoas têm de não saber como agir”, disse.
Foi então que uma amiga de Caio sugeriu que ele participasse de uma corrida de rua. Fazia muito tempo que ele estava inativo, mas a sugestão da amiga o deixou instigado. Aos 23 anos, ele diz ser movido a desafios.
“Foi tudo muito rápido. Comecei a treinar em novembro e em dezembro já fiz a primeira corrida”, lembra ele, que disputou a primeira prova sem luva e capacete, equipamentos de segurança indispensáveis para os cadeirantes corredores.
Caio ainda não estava condicionado e precisou ser carregado em alguns momentos durante a corrida, mas sequer pensou em desistir. Não só concluiu a prova como ainda ficou mais motivado para as disputas seguintes.
Seu maior momento de superação foi na última disputa, na Fila Night Run. Pensava em completar os cinco quilômetros da corrida em 45 minutos. Mas foi bem mais rápido e acabou concluindo em 38 minutos.
Nova cadeira - Desde então, o esporte lhe abriu portas. Hoje, Caio não só compete como também malha em uma academia. Agora, ele pretende arrumar um apoio para comprar outra cadeira. A atual não é própria para o esporte, é um equipamento convencional que foi comprado em 2007.
O atleta busca uma cadeira de modelo atlético, desenhada para o esporte. Ela tem um design diferente, lembra um triciclo, com uma roda na frente e outras duas atrás. Mas a grande diferença não fica apenas no design. O preço também difere. Uma cadeira esportiva pode custar até R$ 30 mil, mas Caio considera que por R$ 20 mil já conseguiria comprar um equipamento competitivo. “Meu desempenho melhoraria muito com uma cadeira própria. Fazendo uma comparação, é como correr de chinelo e correr de tênis”, conclui.

3 comentários:

clube de corrida Salvador BA disse...

Caião,

Muito boa matéria mas não devemos esquecer que a sua amiga, Luana, indicou uma uma assessoria esportiva cujo trabalhava com corrida e caminhada, Equilibrium, e não meramente uma corrida. Assim foi e aconteuceu. Você foi treinado por quem abriu as portas para você e do seu lado passou todos os fundamentos necessários além de interpretar muitos juntos em busca do melhor rendimento que por sí procuravamos da forma mais próxima a sua saúde.

Só para lembrar!

As vezes para chamar atenção contamos somente a parte ruim da história. Só não desejo que você esqueca os momentos que passou na única Assesoria Esportiva que treinou você de verdade.

Equilibrium, Clube de Corrida e Caminhada.

Anônimo disse...

Com certeza, Rodrigo! Eu agradeço muito a você pela iniciativa de trabalhar com uma pessoa Especial. Realmente, passamos por momentos muito bons de iniciação e treinamento. Apesar de ter subido mais um degrau em minha busca por especialização para aprimorar alguns fundamentos, nunca me esquecerei do que foi iniciado contigo. Para amplificar e aprimorar a minha técnica de corrida, precisei de alguém especializado na área, uma vez que treina pessoas normais e especiais. Gora os meus treinos estão mais funcionais, adaptados à minha realidade e necessidades, em prol de uma melhor Performance, focada tanto em pista quanto em rua. Mas sempre serei grato pela nossa convivência inicial. Um forte abraço e sucesso!

RR PERSONAL disse...

Caio,

Quero agradecer a oportunidade de te treinar, oferecendo um tratamento especializado em grupos especiais e individualizado!

Espero que juntos possamos alcançar todos os objetivos, fazendo de você sempre e mais vitorioso!

Saiba que todo dia é dia de estudar e descobrir novidades para fazer de seu treinamento algo sempre mais proveitoso!

Pode contar comigo! Estamos juntos nessa corrida...NAMAST